Hoje vou postar um pouquinho de minha paixão.
Cantinhos muito especiais.
Cantinhos onde dedico parte de meu tempo.
Cantinhos onde fujo do mundo.
Cantinhos que me fazem acreditar ainda mais em Deus.
E vasculhando a net... encontrei um poema bem legal, que quero aproveitar e postar junto com as fotos de meus cantinhos. Espero que gostem.
Poema do Cacto
Havia um cacto em minha varanda. vida estranha essa de cacto. sempre indiferente, de poucos amigos. de textura áspera e tardia. de um verde esquivo, quase não-verde, nãoseiquê.
Nunca recebia muita atenção, nem mesmo precisava. era cirurgicamente independente em seus não-gestos. pouca água pouca água, quase gotas somente. porém não era despersonalizado, havia algo em seu existir. talvez amplitude do observar. talvez dormência.
Duvidei da sua estrutura. parecia gesso desprovido de vasos, clorofila ou qualquer substância orgânica que lhe configurasse vida. estranha beleza quieta, sua indiferença magnética atraía meu olhar. por vezes num sobressalto percebia: Era um Cacto! e existia, e tentava -Vamos, reaja, exista!.
Nunca encontrei ressonância. Sua linguagem era apática e lenta, e surda.
Numa tarde de um janeiro quente, tarde aleatória, encontrei o Gato um tanto ferido com cara de culpa e preocupação, ferido por espinhos. no chão, próximo à janela da qual nunca pretendera sair, estava o Cacto em pedaços, como gesso, porém não o era. era vivo. agora fragmentos.
Apanhei-o respeitosamente.
Pasmo percebi o por-do-sol da janela que não era minha. Era dele, do Cacto. E a vida da cidade inexistente, suas gentes invisíveis de trajetos automáticos. e o mar... imponente, esse sim existia.
Naquele instante meus olhos-de-cacto viram o que ele via. O movimento singelo do mar... e, talvez como o Cacto, senti ânsia de ser Alga-Marinha.
E boiar.
boiar...
boiar...
Nunca recebia muita atenção, nem mesmo precisava. era cirurgicamente independente em seus não-gestos. pouca água pouca água, quase gotas somente. porém não era despersonalizado, havia algo em seu existir. talvez amplitude do observar. talvez dormência.
Duvidei da sua estrutura. parecia gesso desprovido de vasos, clorofila ou qualquer substância orgânica que lhe configurasse vida. estranha beleza quieta, sua indiferença magnética atraía meu olhar. por vezes num sobressalto percebia: Era um Cacto! e existia, e tentava -Vamos, reaja, exista!.
Nunca encontrei ressonância. Sua linguagem era apática e lenta, e surda.
Numa tarde de um janeiro quente, tarde aleatória, encontrei o Gato um tanto ferido com cara de culpa e preocupação, ferido por espinhos. no chão, próximo à janela da qual nunca pretendera sair, estava o Cacto em pedaços, como gesso, porém não o era. era vivo. agora fragmentos.
Apanhei-o respeitosamente.
Pasmo percebi o por-do-sol da janela que não era minha. Era dele, do Cacto. E a vida da cidade inexistente, suas gentes invisíveis de trajetos automáticos. e o mar... imponente, esse sim existia.
Naquele instante meus olhos-de-cacto viram o que ele via. O movimento singelo do mar... e, talvez como o Cacto, senti ânsia de ser Alga-Marinha.
E boiar.
boiar...
boiar...
Autor: Juam
Bem...
Vamos há alguns dos meus cantinhos especiais agora.
5 comentários:
Parabéns...seu cantinho está fofo e muito colorido!
Obrigada!!!
:)
Que loucura!!!!!!
Tu tens uns cactos enormessss!! Lindos!!!
Beijinhos
Sheila
http://vidasuculenta.blogspot.com
Flávia... eu adorei o seu cantinho. Agora uma pergunta que não quer calar? o seu cantinho fica protegido da chuva ou fica no tempo mesmo?
Abração, Elzinha.
90% no tempo Elzinha! Desculpa pela demora, rs... Poucas plantas ficam na varanda. bjim
Postar um comentário