segunda-feira, 4 de abril de 2011

Plantas daninhas.


Plantas daninhas 


A ocorrência de plantas daninhas resistentes a herbicidas é uma realidade no Brasil e em diversos países. No entanto, muitos produtores ainda não se conscientizaram da magnitude deste problema que vem crescendo a cada safra. Manejar tendo em vista o sistema agrícola talvez seja uma das formas mais práticas e econômicas de se manter as plantas daninhas resistentes sob controle e evitar o surgimento de novas espécies ou biótipos resistentes e cabe a cada agricultor buscar orientação técnica e manejar adequadamente sua propriedade, fazendo frente a essa nova realidade.
Para escolher o herbicida o produtor deverá levar em conta que o uso contínuo de produtos com o mesmo mecanismo de ação sobre a mesma espécie de planta daninha resultará no surgimento de biótipos resistentes. Como no caso do aparecimento de populações de buva resistentes ao glifosato.
É possível utilizar o manejo das plantas daninhas resistentes com bastante eficácia e tranquilidade. Para conter o avanço, o agricultor precisa fazer mudanças nas práticas de manejo utilizadas, sendo necessário alternar constantemente as práticas utilizadas, visando evitar ou retardar o aparecimento de plantas daninhas resistentes (López-Ovejero & Christoffoleti, 2003).
Existem alguns procedimentos que compõem o chamado Manejo Integrado de Plantas Daninhas, que têm como finalidade diminuir as possibilidades de introdução ou aumento dessas populações resistentes nas lavouras. São eles:
– Identificar rapidamente possíveis populações resistentes;
– Utilizar herbicidas de mecanismos de ação diferentes para o manejo das plantas daninhas, quer seja para a dessecação ou para o controle na pós-emergência da cultura; 
– Praticar a rotação de culturas: em virtude de cobertura vegetal, manejo e uso de herbicidas de diferentes mecanismos de ação;
– Outras formas de manejo podem ser citadas como culturas mais competitivas, espaçamentos mais adensados e uso de cobertura morta. São métodos de controle cultural que, em algumas situações, são alternativas muito viáveis se associadas ao uso de herbicidas.
Duas metodologias de manejo têm mostrado eficiência, principalmente nas regiões onde os problemas com plantas daninhas resistentes são mais prejudiciais:
1- Uso de herbicidas alternativos para o manejo: grandes avanços foram verificados por meio do uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação na mesma safra e sobre um mesmo alvo. Especificamente para o controle da buva, a principal recomendação é utilizar aplicações sequenciais de produtos sistêmicos de ação total (normalmente o glifosato e o 2,4-D) e na sequência o uso de herbicida de contato (como o Finale, da Bayer CropScience, cujo princípio ativo é o glufosinato de amônio) para a dessecação da buva remanescente.

2 - Manejo do sistema agrícola: consiste em manejar plantas daninhas analisando o “sistema agrícola inverno & verão” de forma integrada, visando reduzir o banco de sementes e a agressividade para as culturas subsequentes. No Paraná, onde o milho safrinha e o trigo são opções de inverno, herbicidas com efeito residual são importantes ferramentas, como Soberan para o milho safrinha e o Hussar para o trigo, cujo grande benefício é a redução no banco de sementes de várias espécies, facilitando o manejo para a cultura da soja posterior.
Sobre as soluções Bayer CropScience
Finale é um herbicida altamente eficaz no controle de plantas daninhas, inclusive no sistema de plantio direto. É aplicado na segunda etapa (pós-emergência) quando é recomendado o uso de um dessecante para fazer a semeadura.
Soberan é capaz de controlar o mato que compete com a lavoura sem prejudicar as plantas de milho, conforme estudos realizados por importantes entidades de pesquisa do Brasil. Sua ação ocorre rapidamente, com apenas uma aplicação. Herbicida de alta performance, o produto é sistêmico e controla, em pós-emergência, folhas estreitas e folhas largas. 



 

Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona.

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      Características das Plantas Daninhas
    
As espécies daninhas podem germinar, crescer, desenvolver-se e reproduzir em condições ambientais pouco favoráveis, como em estresse hídrico, umidade excessiva, temperaturas pouco propícias, fertilidade desfavorável, elevada salinidade, acidez ou alcalinidade.
As plantas daninhas constituem-se, também, num problema sério para a agricultura porque se desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Se as condições edafoclimáticas  são propícias à lavoura, o são também para as espécies daninhas, mas, se as condições ambientais são antagônicas às espécies cultivadas, as espécies daninhas, por apresentarem elevado grau de adaptação, podem aí sobreviver e se perpetuar muito mais facilmente.

. Impacto das Plantas Daninhas

As plantas daninhas reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos de produção, mas podem, também, causar problemas de ordem social afetando a saúde, as residências, as áreas de recreação e a manutenção de áreas não cultivadas. Além desses aspectos, as plantas daninhas podem afetar a eficiência da terra, o controle de pragas e doenças, produtos agrícolas, o manejo da água na irrigação e a eficiência humana (Ashton & Mônaco, 1991).  
     

Período Crítico de Competição

Denomina-se período crítico de competição o período no qual a presença de plantas daninhas reduz expressivamente o rendimento das plantas cultivadas.
Laca-Buendia et al. (1979) trabalhando com algodão em regime de sequeiro, definiram o período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro no Estado de Minas Gerais. Para o cerrado do Triângulo Mineiro, o período crítico de competição foi entre o plantio e a sexta semana após a emergência (Figura 2). As espécies daninhas aí predominantes foram: Commelina nudiflora L., Digitaria sanguinalis L. Scop., Althernanthera ficoidea L.r. Br. e Sida rhombifolia L. No Norte de Minas, este período se configurou entre as quarta e oitava semanas após emergência (Figura 2) e as espécies daninhas predominates foram: Sida cordifolliaL., Sida rhombifolia L., Merremia aegyptia L. Urban e Ipomoea aristolochiaefoliaHBK Don.

  Métodos de Controle de Plantas Daninhas

.      Prevenção

Este método consiste em impedir ou evitar que as plantas daninhas sejam transportadas para áreas agrícolas onde elas ainda não existem. É, em geral, o meio mais prático de combate às plantas daninhas.

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      Erradicação

A erradicação consiste na eliminação de todas as plantas e seus órgãos, inclusive das sementes. Este método é difícil de ser realizado, e só é economicamente viável em pequenas hortas e jardins, onde toda massa do solo (1,2m a 2m de profundidade) é removida ou peneirada; no caso de plantio extensivo de culturas é quase impossível o uso da erradicação, pois os custos seriam bastante elevados.


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      Controle

Este é o método mais utilizado de combate de plantas daninhas na agricultura e consiste em interromper temporariamente o crescimento e o desenvolvimento das referidas plantas durante o ciclo da cultura, especialmente no período crítico de competição.

3.3.1. Controle Mecânico

Este tipo de controle pode ser manual, através de cultivo a tração animal ou tratorizado.
 

Controle à enxada

A enxada é um dos implementos mais utilizados no controle de plantas daninhas na cultura do algodoeiro, especialmente nos países e regiões pobres onde a mão-de-obra é abundante e os custos, baixos. No uso da enxada, os aspectos mais importantes a serem considerados são a profundidade do corte e a época da capina. A profundidade da capina deve ser o mais superficial possível, 3 cm no máximo, para não danificar as raízes do algodoeiro. A limpa superficial deverá ser iniciada logo que as plantas daninhas germinem, pois nesse estágio elas são mais susceptíveis ao controle, não sendo necessário aprofundar a operação.
        
Controle a Cultivador

O uso de cultivador ainda  é o método mais utilizado na cotonicultura. Neste método, recomenda-se levar em consideração, também, a profundidade e a época de operação. Os cultivos devem ser concentrados no período crítico de competição e a operação deve ser iniciada após plantio, dependendo do grau de incidência e se prolongar até os sessenta dias da emergência. Semelhantemente ao processo manual, o agricultor cultivará superficialmente, não excedendo 3 cm de profundidade. Há evidências, na literatura, de que quanto mais amplo o espaçamento, menor a concentração de raízes em torno das plantas e maior o entrelaçamento de raízes nas entrelinhas (Freire & Alves, 1976). 

Controle Químico

Este tipo de controle é realizado através do uso de herbicidas que são produtos químicos que, aplicados em concentrações convenientes às plantas daninhas, matam ou retardam o seu crescimento em benefício das plantas cultivadas. É o método mais empregado na cotonicultura do cerrado. Os herbicidas podem constituir-se num insumo de grande eficiência no controle de plantas daninhas.


4.       Herbicidas Registrados para a Cultura do Algodão

Alachlor, Alachlor+Trifluralin, Amônio – Glufosinato, Clethodim, Clomazone, Cyanazine, Diuron, Diuron + MSMA, Diuron + Paraquat, Fluazifop – P- Butil, Linuron, MSMA, Norflurazon, Oxadiazon, Oxyfluorfen, Paraquat, Pendimethalin, Propaquizafop, Pyrithiiobac – Sodium, Sethoxidin e Trifluralin (Rodrigues & Almeida, 1998). 


O controle da brilhantina é realizado, normalmente, por meio de capina manual, podendo ocorrer rebrota caso a planta não seja totalmente eliminada, uma vez que ela emite, facilmente, novas brotações na região do coleto. Além disso, a produção elevada de sementes que são de fácil transporte pelo vento promove rápida reinfestação.
A utilização de herbicidas no controle de plantas daninhas em cultivo de orquídeas, aliada a outras práticas de controle, pode vir a ser uma alternativa importante. Contudo, a literatura carece de trabalhos específicos. Avaliando a seletividade e a eficácia de diversos herbicidas para controle da brilhantina em cultivo de bromélias, Freitas et al. (2004) verificaram que o oxyfluorfen controlou com eficiência as plantas de brilhantina em aplicação dirigida, sem causar nenhuma toxidez às plantas de bromélia.

Um comentário:

Anônimo disse...

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